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Ekos Brasil comemora 80 anos do Parque Estadual do Rio Doce

Cibele Lana 12 jul 2024

Desde 2021, o Ekos Brasil tem uma relação direta, de comprometimento profissional e de muito carinho com o Parque Estadual do Rio Doce, por atuar junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) no apoio às ações de consolidação do parque (TP 51/2021).

Por isso, nossa organização celebra os 80 anos do PERD, ressaltando a importância do parque para a conservação da biodiversidade e seus benefícios para a comunidade.

A população é a principal convidada a participar das atividades que celebram os 80 anos do Parque Estadual do Rio Doce. Ao longo do ano, serão realizadas diversas ações que vão desde exposições temáticas sobre a unidade de conservação até educação ambiental em escolas.

No dia em que o parque completa 80 anos, uma cerimônia solene será realizada na unidade de conservação, contando com a presença de diversas autoridades.

Nossa atuação no PERD

Crédito: Evandro Rodney
Crédito: Evandro Rodney

O Instituto Ekos Brasil venceu o Edital de Seleção Pública IEF Nº 01/2021 e é a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que está administrando R$ 21 milhões durante quatro anos em infraestrutura, proteção e preservação dos recursos naturais do espaço. O aporte financeiro faz parte de um acordo judicial firmado entre a Fundação Renova e o IEF, homologado na 12ª Vara Federal de Belo Horizonte, em função do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana.

Em 2023, o Ekos Brasil em parceria com o IEF conquistou diversos marcos para o parque. Concluímos a revisão do Plano de Manejo do PERD, aprovado por unanimidade na 90ª Reunião Ordinária da Câmara de Proteção à Biodiversidade e Áreas Protegidas do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais.

Além disso, começamos os trabalhos para definição e construção do Sistema de Gestão do Parque; ampliamos a manutenção das estruturas; iniciamos o processo de regularização fundiária; estabelecemos parcerias com outras instituições; e começamos a elaboração do Plano de Pesquisa e do Plano de Comunicação, dentre muitas outras ações.

Já como parte das celebrações dos 80 anos, em junho, inauguramos uma exposição autoguiada, com 23 fotografias emblemáticas do parque, que destacam a biodiversidade, os recursos naturais, a infraestrutura e os valores fundamentais que orientam a unidade de conservação mineira. Com entrada gratuita, a exposição é itinerante e irá percorrer  a região, convidando a população a conhecer o Parque.

“Trabalhar pela consolidação do PERD é um trabalho intenso, bastante desafiador, mas ao mesmo tempo muito recompensador por lidar cotidianamente com uma biodiversidade sem precedentes para o nosso país e de extrema importância para a qualidade de vida da população ao entorno”

ressalta Lucas Milani, coordenador de projetos de Conservação da Biodiversidade do Instituto Ekos Brasil.

Motivos para celebrar

O PERD é a primeira unidade de conservação de Minas Gerais, criada em 1944, e atualmente gerida pelo IEF. Com seus 35.976 hectares, se destaca por abrigar a maior área contínua de Mata Atlântica preservada no estado, com uma rica biodiversidade e árvores centenárias que fazem parte de um universo de florestas altas e estratificadas. Na Unidade de Conservação é possível encontrar, por exemplo, o jequitibá, a garapa, o vinhático e a sapucaia.

É por lá que também encontramos um dos ícones da fauna brasileira, a onça-pintada. Além de bonita e imponente, a presença da onça indica a qualidade ambiental e o equilíbrio do ecossistema do PERD. Além disso, o número de espécies encontradas no parque corresponde a 50% de todas as aves registradas em Minas Gerais e 1/5 do total de espécies registradas no Brasil, sendo algumas bem raras e endêmicas, como os bicudos (Sporophila maximiliani), espécie reencontrada após 80 anos sem registro em Minas Gerais.

E a lista só aumenta. A unidade de conservação compõe o terceiro maior complexo de lagos do país e é reconhecida como Sítio Ramsar, por conservar zonas úmidas consideradas prioritárias na estratégia global de proteção da biodiversidade.

Uma das principais características do Rio Doce é a conexão com a comunidade do entorno, uma vez que diversas gerações cresceram tendo a unidade de conservação como referência, seja para lazer ou até mesmo financeira.

“O DNA do parque está marcado e notado pela presença da atuação-chave da comunidade do entorno. Para mim, o destaque fica para o envolvimento da sociedade que, preocupada com a conservação deste lugar, convenceu todas as instâncias – religiosa e do Estado – a criar uma unidade de conservação, a primeira instituída por Minas Gerais”

contextualiza o gerente do parque, Vinicius de Assis Moreira.

O Parque Estadual do Rio Doce possui estrutura  para controle, acolhimento e hospedagem de visitantes e está aberto de terça a domingo, das 8h às 17h, com entrada permitida até às 15h.

Com informações da Ascom/Sisema

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