RenovaBio pode viabilizar redução no preço e nas emissões de GEE dos combustíveis
Após a greve dos caminhoneiros que paralisou o país, o governo colocou como uma das pautas prioritárias a implementação do programa RenovaBio, uma das iniciativas brasileiras para cumprir nossa meta no Acordo de Paris de redução em 43% das emissões de Gases do Efeito Estufa e aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para 18% até 2030.
Ao contrário de outras políticas internacionais, o RenovaBio não propõe um imposto sobre o carbono, já que o Brasil depende muito do óleo diesel por ter um transporte essencialmente rodoviário e um aumento tributário acabaria sendo pago pelo consumidor final.
O RenovaBio pretende aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz de combustíveis dos atuais 20% para 28,6% até 2028. Isso significa uma redução na emissão de carbono, já que os biocombustíveis são mais sustentáveis.
A ideia é propor uma antecipação do aumento gradual da participação do biodiesel no diesel fóssil, permitindo num espaço menor de tempo obter uma redução no preço final do combustível e reduzir as emissões do setor de transporte.
Ainda há muito o que ser discutido. Uma mudança real nessa cadeia de produção visando o meio ambiente pode também provocar uma procura por matérias-primas com menor pegada de carbono, mas também mais caras.
E aí, entrará em questão também a consciência dos cidadãos de pagar um pouco mais caro por um produto sustentável.
- Com informações do Valor Econômico