Compromisso com o Clima segue para nova fase de seleção de projetos
O Edital 2020 do Programa Compromisso com o Clima segue para nova fase de seleção dos projetos. Desde o mês de Junho, a equipe do Ekos Brasil avaliou todos os projetos participantes em relação aos critérios de elegibilidade e indicadores de impacto socioambiental. Ao todo, 55 projetos se inscreveram, de 16 estados e cinco regiões do Brasil. Todos buscam reduzir emissões ou remover Gases de Efeito Estufa para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
O Edital deste ano contou com a participação de muitos projetos novos, ainda em fase de desenvolvimento, o que demonstra o interesse de muitas organizações brasileiras buscarem investimento para realização de seus projetos de baixo carbono. Ao todo, 36 de 55 projetos participantes não haviam concluído seu primeiro ciclo de certificação dos créditos de carbono.
Finalizada a avaliação socioambiental, os apoiadores do Programa selecionaram os 10 projetos que melhor atendem aos critérios de qualidade do Edital. Os projetos selecionados para esta nova fase reduziram ou irão reduzir nos próximos anos quase 4 milhões de tCO2e, o que é mais do que todas as emissões do transporte de passageiros e de cargas no Distrito Federal em 2018, segundo dados do SEEG.
As iniciativas combinam a redução de emissões com impactos sociais e ambientais positivos e muitos deles contribuem diretamente para diversos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Alguns dos selecionados, por exemplo, selecionados, geram energia elétrica por tecnologias de baixo impacto, como plantas solares e eólicas, e outros aplicam tecnologias de menor impacto para agricultores familiares, indústrias e sistemas de produção animal.
Próximos passos
A partir de agora, os projetos passarão por uma fase de avaliação jurídica para verificar sua conformidade com diversos aspectos da legislação brasileira. Esta análise procura evitar que os apoiadores do Programa patrocinem iniciativas ou empresas que não estejam de acordo com seus critérios de governança e que desrespeitem as populações locais ou as boas práticas de cada setor.
Neste ano, a avaliação jurídica será realizada pela Mattos Filhos Advogados, um escritório de advocacia com muita experiência em Direito Ambiental, Mercado de Ativos Ambientais e questões de sustentabilidade empresarial. A Mattos Filho aderiu recentemente ao Programa e traz sua vasta experiência nestas áreas, dando ainda mais credibilidade à seleção de projetos do Edital.
Até o final do ano espera-se que o Comitê Gestor do Compromisso com o Clima defina quais projetos serão apoiados pelo Programa. Os selecionados passarão a integrar o portfólio de projetos da Plataforma Ekos Social, que é utilizada pelas empresas vinculadas ao Programa para a compensação de suas emissões.
A Plataforma atualmente é utilizada por 18 organizações. Além dos apoiadores institucionais do Programa, também acessam empresas convidadas e aquelas que utilizam a Plataforma como um serviço. Com a Plataforma, conseguimos aumentar o número de organizações que compensam emissões e direcionar mais recursos para projetos que atendem aos nossos critérios de qualidade.
Saiba mais sobre os projetos apoiados pelo Compromisso com o Clima
Ao todo, 11 projetos estão vinculados ao Programa. Estes projetos foram selecionados nos Editais de 2017 e 2019. Todos os projetos geram (ou estão em processo de gerar) reduções de emissões de Gases de Efeito Estufa certificadas de acordo com padrões internacionais de qualidade. Estas reduções de emissões, também chamadas de créditos de carbono, equivalem a uma tonelada de CO2 que deixa de ser emitida para a atmosfera ou que é absorvida em projetos florestais, por exemplo. Dentre os projetos apoiados, existem:
- 6 Projetos de geração de energia renovável, principalmente a partir de biomassas renováveis.
- 1 Projetos de reflorestamento e 2 de conservação florestal na Amazônia
- 2 Projetos de introdução de fogões eficientes para famílias de baixa renda, reduzindo o consumo de lenha para cocção de alimentos.
Destes projetos, 3 são realizados em unidades industriais de grande porte, 3 em unidades industriais de porte menor (fabricação de tijolos ou de cedidos), 2 projetos em fazendas que produzem madeira seguindo boas práticas de manejo sustentável e 3 são desenvolvidos por entidades sem fins lucrativos, que tem nos créditos de carbono sua principal fonte de renda.