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Compromisso com o Clima e Ecomudança: de qual edital devo participar? 

Compromisso com o Clima e Ecomudança: de qual edital devo participar? 

O Ekos está apoiando a realização de dois editais. Um deles é vinculado ao Programa Ecomudança, programa de investimento em projetos ambientais realizado pelo Itaú Unibanco, em parceria com o Instituto Ekos Brasil e o outro está vinculado ao Programa Compromisso com o Clima e busca selecionar projetos que reduzem emissões de GEE e que gerem impactos socioambientais positivos.

De qual edital devo participar?

Embora os dois Programas tenham algumas semelhanças, já que ambos buscam projetos de baixo carbono em áreas como agricultura, floresta e uso do solo, energia e manejo de resíduos, cada edital busca iniciativas com perfil diferente. Veja como saber qual o melhor edital para você inscrever o seu projeto:

 

Saiba mais sobre os requisitos

Certificação e créditos de carbono: se você possui um projeto que gera ou tem potencial de gerar créditos de carbono, sugerimos que você participe do Edital do Compromisso com o Clima. 

Como posso saber se meu projeto pode gerar créditos de carbono?

Créditos de carbono são reduções de emissões certificadas segundo padrões de qualidade (standards) e metodologias internacionais. Esses padrões e metodologias definem os critérios e as metodologias para mensurar, monitorar e verificar as reduções de emissões. No Compromisso com o Clima, são aceitos os seguintes padrões de qualidade:

  1. American Carbon Registry (ACR).
  2. Climate, Community and Biodiversity (CCB)
  3. Gold Standard (GS)
  4. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
  5. Verified Carbon Standard (VCS)

 

Se você ainda não conhece estes padrões de qualidade, sugerimos que faça uma avaliação detalhada dos seus principais requisitos. Não recomendamos que você inscreva seu projeto no Compromisso com o Clima antes de confirmar se há viabilidade técnica e financeira em desenvolver seu projeto nesses padrões. 

Se o seu projeto envolve uma tecnologia social de baixo carbono mas não busca a certificação das reduções de emissões, sugerimos que você leia o Edital do Ecomudança. Nesse edital, a certificação das reduções de emissões não é exigida. Além disso, o Ecomudança possui uma linha de apoio para negócios de impacto direcionados às mesmas áreas de atuação. Se você tiver um negócio de impacto envolvendo tecnologias de baixo carbono, conheça o edital Ecomudança para apoio à negócios de impacto. 

 

Forma de apoio:

Os projetos selecionados no Edital do Programa Compromisso com o Clima são apoiados exclusivamente pela venda das Reduções de Emissões (ou créditos de carbono) para as empresas que participam do Programa. Ou seja, normalmente o Proponente de Projeto deverá passar por todo o ciclo de desenvolvimento e implantação do  do projeto e depois pela certificação das reduções de emissões para então comercializar os créditos de carbono. 

Na maioria dos casos, o Proponente do Projeto não contará com o recurso financeiro para as etapas iniciais do projeto. Ao invés disso, os créditos de carbono são um mecanismo de pagamento por resultados já atingidos. 

Atualmente, o Programa tem como apoiadores institucionais a B3, o Itaú Unibanco, as Lojas Renner, a Natura Cosméticos e a MRV. Estas empresas apoiarão um ou mais dos projetos selecionados no Edital para comprar os créditos de carbono na quantidade que julgarem necessária. Logo, não existe um orçamento ou quantidade de recurso previamente estabelecida, isso dependerá da quantidade créditos de carbono que o projeto comercializar para as empresas participantes do Programa.

Agora, se você estiver buscando recursos financeiros para implantar o seu projeto, sugerimos que leia o Edital do Ecomudança. Neste Programa, o Itaú repassa, de forma não reembolsável, até R$100 mil para o desenvolvimento de projetos.  

 

Escala das reduções de emissões: 

Como os créditos de carbono exigem um processo longo e custoso de certificação, a maioria dos projetos é de grande escala. Isso porque os projetos que geram grandes quantidades de reduções de emissões (redução de milhares ou centenas de milhares de toneladas de CO2e por ano) conseguem recuperar o investimento pela venda de grande quantidades de créditos de carbono ao longo dos anos. 

São exemplos de projetos apoiados pelo Compromisso com o Clima: usinas de de geração de energia renovável de grande porte; projetos de troca de combustível em indústrias; conservação de grandes áreas de floresta (milhares ou dezenas de milhares de hectares) em regiões com altos índices de desmatamento.

Já no Ecomudança, os projetos apoiados normalmente são menores em escala (mas nem por isso geram resultados menos importantes). São exemplos de projetos apoiados pelo Ecomudança: implantação de Sistemas Agroflorestais ou de produção agroecológica envolvendo agricultores familiares; projetos de aproveitamento da luz solar em residências ou atividades produtivas de pequena escala; instalação de biodigestores de pequena escala para uso do gás em fogões.

Em nosso entendimento, os projetos do Compromisso com o Clima e do Ecomudança apresentam um perfil bastante complementar. Os projetos do Compromisso com o Clima fornecem reduções de emissões em grande quantidades e permitem que o apoio seja proporcional às emissões a serem compensadas.

Já os projetos do Ecomudança possibilitam beneficiar famílias e comunidades a utilizar tecnologias que impactam positivamente nas suas vidas, gerando renda e oportunidades e mitigando importantes problemas socioambientais que estas comunidades enfrentam. Em muitos casos, os projetos do Ecomudança atuam positivamente na adaptação das comunidades às mudanças climáticas, auxiliando a reduzir os impactos negativos que as alterações no clima poderão causar no seu meio de vida e de sustento.

Reconhecemos o importante papel desempenhado por todos os projetos apoiados nestes dois Programas. Cada um deles apresenta um potencial para gerar impactos socioambientais positivos e reduzir emissões de GEE. 

Encorajamos todos aqueles que desejam atuar efetivamente em relação às mudanças climáticas a inscrever seus projetos nos editais do Ecomudança ou do Compromisso com o Clima, conforme o perfil do projeto. Estamos sempre à disposição para ajudá-lo a gerar impactos positivos e atuar de forma efetiva quanto aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. 

 

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Programa Compromisso com o Clima abre edital para seleção de projetos ambientais e sociais

Programa Compromisso com o Clima abre edital para seleção de projetos ambientais e sociais

As empresas B3, Itaú, Lojas Renner, MRV e Natura em parceria estratégica com o Instituto Ekos Brasil, acabam de lançar o edital 2020 do Programa Compromisso com o Clima.

A partir de 11 de março até o dia 26 de abril, desenvolvedores de projetos socioambientais nas áreas de energia renovável, manejo de resíduos, agricultura sustentável, conservação florestal, reflorestamento, dentre muitos outros, podem inscrever seus projetos para compor o portfólio de compensação dessas empresas. 

Portanto, se você desenvolve projetos desse tipo, confira nosso regulamento!

Se você é uma empresa e tem interesse em compensar suas emissões ao lado das grandes empresas citadas acima, continue lendo e saiba mais sobre o Programa!

Saiba mais sobre o Compromisso com o Clima

Em 2017, Itaú Unibanco e Natura, com o apoio do Instituto Ekos Brasil, se uniram em uma parceria inédita e lançaram o Edital Compromisso com o Clima. O intuito era unir forças para compensar suas emissões inevitáveis de processos produtivos de maneira conjunta ao selecionar projetos que reduzem emissões e geram benefícios sociais e ambientais ao mesmo tempo.

A iniciativa deu muito certo. Em 2020, as empresas lançarão o terceiro edital para seleção de projetos socioambientais. Os projetos selecionados pelo Programa são disponibilizados na Plataforma Ekos Social.

Atualmente, a Plataforma conta com 11 projetos vinculados ao Compromisso com o Clima. Estes projetos, que estão localizados nas cinco regiões do Brasil, vêm reduzindo emissões de Gases de Efeito Estufa e gerando impactos sociais e ambientais positivos.

Com a adesão de organizações parceiras como a B3Lojas Renner e agora a MRV, o Programa expande seu alcance e segue no propósito de engajar o setor privado em ações de responsabilidade climática.

O Compromisso com o Clima para Investidores

Ao aderir ao Compromisso com o Clima sua organização tem acesso aos resultados de um processo transparente de seleção e avaliação de projetos socioambientais. Além disso, o Programa tem outros benefícios, tais como:

  • Maior credibilidade, pois o processo é realizado por profissionais independentes e com ampla experiência.
  • Redução de custos, já que os custos são compartilhados entre os participantes do Programa.
  • Simplicidade e conveniência pois todas as informações necessárias estão disponíveis na Plataforma Ekos Social
  • Maior alcance e exposição das iniciativas de compensação, pois juntos fazemos mais e melhor

Todas essas informações e outros detalhes você confere também no hotsite do Programa Compromisso com o Clima!

Compensação de Carbono: conceito, créditos e mercado de carbono

Compensação de Carbono: conceito, créditos e mercado de carbono

Países, empresas e pessoas podem se engajar na luta contra o aquecimento global neutralizando suas emissões de carbono. Afinal, hoje em dia, praticamente nenhum produto, serviço ou atividade está livre da emissão de carbono, por isso, aquilo que não conseguimos evitar, pode ser compensado. Você pode, por exemplo deixar de usar seu carro para ir ao mercado, mas os produtos que você compra provavelmente foram transportados até o mercado por caminhões, usando combustíveis fósseis.

Mas, antes de abordar com mais profundidade a compensação de carbono, vamos entender a diferença entre alguns conceitos.

Redução de Gases de Efeito Estufa: são medidas implementadas para minimizar ao máximo a emissão de CO2. Bons exemplos são a reciclagem, redução no uso de energia, reutilização da água, redução de deslocamentos por carro ou avião, etc.

Compensação de carbono: após reduzir a emissão de CO2 ainda é possível compensar as emissões que forem inevitáveis. Uma empresa pode adotar todas as iniciativas de redução acima, ainda assim, suas operações ainda emitirão gases de efeito estufa. Essa emissão inevitável pode ser compensada. Isso acontece graças a um mercado de carbono que promove o intercâmbio entre quem gera créditos de carbono por reduzir emissões (a partir do uso de biogás, energia renovável, conservação de florestas, etc) e quem precisa compensar suas emissões residuais. Portanto, uma organização compra créditos de carbono de outra (que pode ser uma associação, instituição ou projeto) e essa recebe os investimentos. Vamos explicar melhor esse mercado mais abaixo.

Pegada de carbono: é o cálculo que se faz (carbon footprint, em inglês) para medir as emissões de Gases de Efeito Estufa. As emissões são convertidas em Dióxido de Carbono equivalente (CO2e), uma unidade balizadora para o mercado de créditos de carbono (veja mais a seguir).

 

Compensação de Carbono: mercado regulado e mercado voluntário

A compensação de emissões parte do princípio que o o aquecimento global é um fenômeno de mundial, portanto não importa onde a redução das emissões é feita. O importante é que ela seja feita!

Ainda na ECO92, no Rio de Janeiro, foi criada a Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC, em inglês) que estabeleceu responsabilidades a todos os países na mitigação das emissões de GEE.

Em 1997, na Conferência das Partes (COP), foi assinado o Protocolo de Quioto que dividiu os países em dois grupos: aqueles com metas de redução (países Anexo I) e países sem metas de redução. O Brasil ficou nesse segundo grupo, por sua baixa responsabilidade histórica nas emissões.

Em 2001, o Acordo de Marrakesh criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) que estabeleceu um mercado regulado de carbono no qual projetos em países em desenvolvimento, como o Brasil, poderiam vender créditos de carbono à organizações e governos do Anexo I.

E em que consistem os créditos de carbono?

Um crédito de carbono é igual a uma tonelada de CO2e que representa uma Redução Certificada de Emissões. Isso significa que quem deseja gerar créditos precisa passar por um meticuloso processo de cálculo, avaliação e aprovação para obter créditos de carbono no MDL.

Esse processo inclui seguir uma metodologia previamente aprovada pela UNFCC, ter seu método avaliado por uma terceira parte especialista na área, obter a aprovação do Governo Local, ser registrado na UNFCC, ser verificado por uma Unidade Operacional Designada (DOE, em inglês), e finalmente, ter o crédito de carbono emitido pela ONU.

O processo é longo, mas garante a confiabilidade da redução de emissão.

Com essa institucionalização, o mercado de créditos de carbono cresceu e se desenvolveu e junto com ele também os projetos de mitigação, como aqueles de energia renovável e de tratamento de resíduos.


 

Mercado Voluntário de Carbono

No entanto, a partir de 2012 esse mercado vivenciou uma crise e o preço dos créditos de carbono caíram consideravelmente.

Porém, um mercado voluntário de carbono foi desenvolvido em paralelo ao mercado regulado, tendo como protagonistas não os países, mas as empresas que desejavam fazer a própria parte na luta contra as mudanças climáticas. Essas empresas atuam voluntariamente, pois vão além de suas obrigações legais, por isso esse mercado é chamado de voluntário.

As empresas neutralizam emissões geralmente de projetos socioambientais, ou seja, iniciativas locais de associações, cooperativas, ONGs e pequenas empresas que adotam medidas de redução em suas atividades como energia renovável, uso de biomassa, redução de desmatamento e degradação (REDD+) e, por isso, geram créditos de carbono que podem ser vendidos para empresas que desejam neutralizar suas emissões residuais.

É claro que esses projetos também são validados, verificados registrados por padrões internacionais como Verified Carbon Standard (VCS), The Gold Standard, dentre outros, mas não precisam de aprovação do governo nem da ONU.

A compra desses créditos pelas empresas gera recursos que, na maior parte das vezes, é investido no desenvolvimento da comunidade local, somando aos benefícios ambientais, também aqueles sociais.

Para ficar bem fácil de entender tudo isso, basta observar o Programa Compromisso com o Clima, uma parceria do Instituto Ekos Brasil com o Itaú, a Natura, a B3, as Lojas Renner e a MRV Engenharia, dentre outras empresas.

A fim de escalonar suas ações de compensação de carbono, essas empresas se uniram e, por meio da Plataforma Ekos Social, podem escolher projetos socioambientais para direcionar seus investimentos na compensação de carbono.

Os projetos são escolhidos a partir de um edital, no qual são avaliados tecnicamente pelo Ekos Brasil para então integrar a plataforma e compor o portfólio de compensação dessas grandes empresas.

Interessou? Seja você empresa ou desenvolvedor de projetos, acesse o Programa Compromisso com o Clima e saiba como participar!


Compromisso com o Clima finaliza edital 2019 e já tem novos projetos aprovados

Compromisso com o Clima finaliza edital 2019 e já tem novos projetos aprovados

O processo de seleção do edital Compromisso com o Clima 2019 chegou ao fim e seis novos projetos foram incluídos na Plataforma Ekos Social para que as empresas cadastradas possam compensar suas emissões ao mesmo tempo em que proporcionam benefícios socioambientais para as comunidades envolvidas.

Ao todo, o edital 2019 recebeu 22 projetos que, após a submissão, passaram uma avaliação socioambiental e uma avaliação jurídica, supervisionadas e conduzidas pelo Instituto Ekos Brasil. Nessas fases, foram submetidos à etapas que avaliaram elegibilidade, impactos positivos, riscos, verificação de documentos, entre outras.

Agora, a Plataforma do Programa Compromisso com o Clima soma 10 projetos, divididos em quatro diferentes categorias: Agricultura, Floresta e Uso do Solo (REDD+, restauro florestal com espécie nativa); Energia (biomassa renovável, energia solar, energia eólica), Manejo de Resíduos e outros tipos.

Eles representam um contributo importante em áreas como a conservação da Amazônia, no retorno de benefícios sociais para as famílias de baixa rende, na geração de energia pelo aproveitamento de resíduos, diminuindo a utilização de combustíveis fósseis, etc.

As empresas participantes do Compromisso com o Clima contam com uma plataforma simples, com credibilidade e com projetos escolhidos a partir de diversos quesitos técnicos.

Para conhecer os projetos selecionados, faça parte do Programa Compromisso com o Clima.

Entre em contato para saber como aderir.


Compromisso com o Clima é destaque na Conferência Brasileira de Mudança do Clima

Compromisso com o Clima é destaque na Conferência Brasileira de Mudança do Clima

Entre os dias 6 e 8 de novembro, Recife foi sede da Conferência Brasileira de Mudança do Clima e o Instituto Ekos Brasil esteve presente para compartilhar em um painel a experiência e os resultados do Programa Compromisso com o Clima.

Com o título “Compromisso com o Clima: atração e engajamento do setor privado para o financiamento de baixo carbono”, a discussão contou com a participação de Délcio Rodrigues, diretor executivo do ClimaInfo, Alexandre Prado, diretor da Economia Verde do WWF-Brasil, João Teixeira, coordenador de sustentabilidade do grupo Natura Cosméticos, Guilherme Prado, analista técnico da empresa Sustainable Carbon, Stephenson Ramalho, engenheiro florestal da empresa Cerâmica Gomes de Mattos, e Thiago Othero, consultor técnico e representante do Instituto Ekos Brasil.

Na ocasião, refletiram sobre o mercado de carbono no mundo e no Brasil, dentro do contexto do Acordo de Paris e também da próxima COP, a ser realizada em dezembro, em Madrid. Como sexto maior emissor de gases de efeito estufa no mundo, o Brasil tem uma ampla responsabilidade em desenvolver projetos de redução e mitigação, especialmente a partir do seu potencial para as energias renováveis.

Othero explicou brevemente aos presentes sobre o Programa Compromisso com o Clima, que tem como apoiadores institucionais B3, Itaú, Natura e Lojas Renner e conta com a participação de outras empresas interessadas em compensar suas emissões de forma conjunta, escalando o impacto social e ambiental de suas ações. Um dos projetos contemplados pelo Compromisso com o Clima é o da Cerâmica Gomes de Mattos, no município do Crato, no Ceará, que reduziu cerca de 550 mil tCO2 nas suas emissões, entre 2006 e 2016, por meio da mudança da matriz energética da empresa.

O case foi apresentado no painel e demonstrou como o recurso da compensação de emissões pode ajudar pequenas empresas a adotarem práticas sustentáveis de produção e gerar benefícios socioambientais locais. Nesse caso, a cerâmica substituiu combustível proveniente da lenha nativa da Caatinga por biomassa renovável, como a poda do cajueiro e o coco de babaçu. Com essa troca, a cerâmica entrou para o mercado de carbono e ainda promoveu o desenvolvimento da comunidade ao entorno e a modernização da fábrica com a receita dos créditos.

 

Investimento Social Privado e meio ambiente – conceitos, desafios e exemplos

Investimento Social Privado e meio ambiente – conceitos, desafios e exemplos

No mês de outubro, a Revista Página 22 lançou uma edição inteira sobre Investimento Social Privado (ISP) na área ambiental. A ideia é colocar em pauta essa temática tão importante, mas ainda repleta de desafios e até mesmo de uma compreensão de conceito.

Como o tema também é muito caro também para o Instituto Ekos Brasil, achamos por bem engrossar a reflexão, trazendo alguns pontos importantes levantados pela publicação.

Primeiro alguns dados.

De acordo com o último levantamento do Grupo Institutos, Fundações e Empresas (Gife), no ano de 2016 o Investimento Social Privado somou cerca de R$ 2,9 bilhões em projetos.

Desse montante, a área que recebe mais investimento é a educação, seguida por formação de jovens, cultura e artes, apoio à gestão de organizações civis, desenvolvimento local e comunitário, e, em sexto lugar, aparece a área de meio ambiente, envolvendo temas como água, clima e energia.

Sob essa perspectiva, já descobrimos a importância de dar voz ao tema. Afinal, nem mesmo a educação dará bons resultados se as pessoas não tiverem água, recursos naturais disponíveis, agricultura estável para produção de comida, etc.

Mas afinal, o que é o Investimento Social Privado?

A definição clássica do termo também tem origem do Gife, instituição que é referencia no assunto.

O Investimento Social Privado é definido como o uso voluntário, planejado e monitorado de recursos privados em projetos sociais, ambientais, científicos e culturais de interesse público.

Por meio desse recurso, as empresas e os indivíduos investem em projetos para melhorar a sociedade com uma visão cidadã do contexto.

E qual a diferença entre ISP e Responsabilidade Social Empresarial?

Enquanto a Responsabilidade Social Empresarial foca em trabalhar problemas causados pela própria atividade empresarial ou ainda em melhorar as condições internas da empresa com relação à qualidade de vida dos seus funcionários, redução do impacto ambiental, etc, o Investimento Social Provado tem como principal objetivo o investimento do recurso privado na sociedade para desenvolver um bem público.

Nesse sentido, o recurso privado pode ser proveniente não apenas de empresas, como também de indivíduos, institutos e fundações.

Um bom exemplo é pensar numa rede de empresas que adotam a gestão de uma escola para melhorar os resultados, sem que a iniciativa tenha uma relação direta com o próprio negócio.

investimento social privado

Quais os principais desafios para desenvolver o ISP na área ambiental?

Um dos desafios mais enfáticos, de acordo com a publicação da Página 22, é a forma como as informações sobre mudanças climáticas são transmitidas para a sociedade: com “palavrões” de cunho científico, previsões catastróficas, termos de relações multilaterais, etc.

A verdade é que é preciso engajar a sociedade na temática com uma linguagem mais próxima. Ou seja, mais sensível ao cotidiano das pessoas e, especialmente, com uma narrativa corporativa mais próxima dos tomadores de decisão das empresas. Afinal, a falta de água, por exemplo, em uma planta industrial, mostra claramente ao empresário que o problema não está “lá fora”, mas é protagonista de muitas vulnerabilidades ao próprio negócio.

Outro desafio é tornar o ISP mais transparente, com maior relevância e escala. Não convence mais ter um projeto local, isolado, mesmo que com boas intenções por parte da empresa. No contexto de uma sociedade informada na qual vivemos, é essencial que existam projetos inovadores, colaborativos e escaláveis.

E isso, ainda de acordo com a reflexão dos especialistas da Revista Página 22, se alcança com o envolvimento das mais altas esferas governamentais. No entanto, o relacionamento com o Estado é cheio de nuances estruturas e burocracias que podem prejudicar o andamento do projeto. E se os institutos e fundações não conseguem provar resultados no curto prazo, não conseguem a verba necessária para manter os orçamentos no final do ano.

Ainda outro desafio está na sustentabilidade financeira dos projetos, que no caso do Investimento Social Provado não são pontuais, mas mais perenes. Quando não é possível contar com o governo, esse é um desafio dos mais cruciais.

Atuações em rede

Diversas empresas já descobriram que a atuação em rede junto a outras organizações e outros institutos e fundações é uma das chaves de sucesso para o Investimento Social Privado.

Abaixo, separamos algumas das iniciativas colaborativas citadas na edição da Página 22.

Confira!

Aliança Água + Acesso

Parceiros: Instituto Iguá da Iguá Saneamento e o Instituto Coca-Cola

Projeto: Água + Acesso tem como objetivo ampliar o acesso à água segura e de forma sustentável a comunidades rurais ao unir esses parceiros de peso, tecnologias inovadoras e modelos comunitários que viabilizam sua continuidade. Sua estratégia está embasada em quatro pilares e, desde seu lançamento, já mobilizou R$ 25 milhões para investimento até 2020.

Acesse o site. 

 

Centro de Experimentos Florestais

Parceiros: Grupo Heineken do Brasil e Fundação SOS Mata Atlântica

Projeto: O trabalho de aducação ambiental já recuperou 220 hectares. O plantio de mudas livrou a unidade local da Heineken (à época, Brasil Kirin) dos impactos da crise hídrica de 2014. E agora o núcleo desenvolve pesquisas sobre o retorno financeiro da restauração florestal, viabilizando replicar as ações junto a produtores rurais e empresas de outras regiões.

Acesse o site

Viva Água

Parceiros: Fundação Grupo Boticário e mais 15 empresas que compõem um fundo filantrópico.

Projeto: um plano coletivo de melhoria da infraestrutura natural com reflorestamento e proteção de nascentes, conscientização ambiental e apoio a negócios sustentáveis, como turismo rural e agricultura orgânica. A novidade está na aliança entre o ISP e o Pagamento por Serviços Ambientais – mecanismo financeiro que remunera produtores rurais pela conservação da água e outros recursos vitais da natureza.

Acesse o site. 

Negócios pela Terra

Parceiros: Instituto Grupo Pão de Açúcar, Fundo Vale e outros parceiros

Projeto: O projeto aproxima produtores da agricultura familiar à ponta final da cadeia produtiva, promovendo facilidade de financiamento e matches com empresas compradoras previamente mapeadas. Lá estão, por exemplo, a Manioca, de Belém, que produz alimentos naturais com ingredientes da Amazônia, e o Clube Orgânico, do Rio de Janeiro – negócio que conecta consumidores e produtores através de clube de assinatura de cestas.

Acesse o site. 

 

Compromisso com o Clima

Parceiros: Itaú, Natura, Lojas Renner, B3 e Instituto Ekos Brasil

Projeto: O Programa Compromisso com o Clima une empresas que desejam apoiar projetos socioambientais e fomentar uma economia de baixo carbono ao compensar, juntas, suas emissões de Gases de Efeito Estufa.

E a sua empresa pode fazer parte do Compromisso com o Clima! Acesse o site para saber mais e entre em contato!

 


Natura ganha o prêmio mais importante de mudanças climáticas do mundo

Natura ganha o prêmio mais importante de mudanças climáticas do mundo

A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a Natura com o Prêmio 2019 UN Global Climate Action Award, premiação mais importante do mundo sobre o tema.

A iniciativa analisou todo o trabalho realizado pela companhia e a reconheceu como uma empresa protagonista mundial no combate às mudanças climáticas. Os vencedores foram divulgados no evento Climate Week, em Nova York. Esta é a segunda vez que a Natura recebe um reconhecimento da ONU.

Para o UN Global Climate Action Award, a Natura foi uma das 15 selecionadas, dentre 670 projetos inscritos.

Além disso, haverá um reconhecimento às campeãs na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 25), em Santiago, no Chile, que acontece de 9 a 13 de dezembro.

“O prêmio reconhece uma jornada que a Natura decidiu trilhar, há mais de uma década, de se tornar uma empresa carbono neutro. O reconhecimento tem o poder de inspirar a adoção de ações também por outras empresas para que, no futuro, a emissão de carbono na atmosfera seja zero”, diz Keyvan Macedo, gerente de sustentabilidade da Natura.

Vencedor na categoria Climate Neutral Now, o Programa Carbono Neutro, da Natura, foi iniciado em 2007 e neutralizou todas as emissões de gases do efeito estufa decorrentes das atividades da empresa. O monitoramento das emissões abrange desde a extração das matérias-primas até a produção, distribuição e descarte dos produtos. Para as que ainda não consegue evitar, a companhia empreende e apoia 38 projetos de neutralização de carbono.

“Temos como meta engajar toda nossa rede de consultoras, colaboradores, parceiros e consumidores para o risco do aquecimento global, um problema que afeta toda a humanidade. Por isso, nossos projetos de redução são um desafio contínuo e agora queremos atingir novos compromissos”, conclui Macedo.

Sobre o Programa Carbono Neutro

Criado em 2007, a primeira meta do Programa foi reduzir em 33% as emissões até 2013. Concluído com sucesso, a mesma meta foi estabelecida novamente, desta vez com o prazo para 2020.

Como algumas iniciativas não podem ser evitadas, a companhia apoia 38 projetos para compensar ou neutralizar os impactos ambientais.

O Programa Compromisso com o Clima é uma das principais ferramentas da Natura para compensar suas emissões apoiando projetos de terceiros.

O Instituto Ekos Brasil parabeniza a Natura pelo prêmio e agradece a parceria no Compromisso com o Clima!

 

 

 

Compromisso com o Clima será uma das temáticas da Regional Climate Weeks

Compromisso com o Clima será uma das temáticas da Regional Climate Weeks

Programa Compromisso com o Clima será o tema de um dos eventos paralelos das Semanas Regionais do Clima, já conhecido e renomado evento que reúne indivíduos e organizações públicas e privadas em um único espaço de diálogo sobre mudanças climáticas.

As Semanas Regionais do Clima acontecem todos os anos nas regiões da África, América Latina e Caribe, e Ásia-Pacífico. Este ano, a cidade sede do evento na América Latina será Salvador, entre os dias 19 e 23 de agosto.

O Compromisso com o Clima será apresentado por alguns de seus protagonistas (Itaú, Natura, Ekos Brasil e B3) como uma iniciativa importante para empresas que desejam causar impacto positivo em seus planos de compensação corporativa de carbono.

Todo o processo, bem como dados dos últimos anos e formas de ingresso no programa serão apresentados no evento em Salvador.

Além do evento paralelo, o Itaú também participará das Semanas Regionais do Clima com um stand.

Participe: 

Side Event Compromisso com o Clima

Quando: terça-feira, 20 de agosto

Horário: 13h30

Local: sala SDG 6, dentro da Cidade do Clima (Salvador Hall)

 

Nos vemos em Salvador!

Um abraço,

Ekos Brasil

8 atitudes pessoais que compensam emissões de carbono

8 atitudes pessoais que reduzem 

Muito se fala em mudanças climáticas, mas pouco se lembra o quão perto de nós ela está. Não se trata de um problema apenas lá a Antártica, de derretimento de geleiras ou apenas de como países e empresas devem se comprometer com ações mais sustentáveis.

A verdade é que todas as atividades humanas emitem gases de efeito estufa no meio ambiente e a mudança dos nossos hábitos cotidianos podem e devem fazer parte da estratégia de mudança para uma economia de baixo carbono.

Ter ciência da quantidade de emissões que suas ações emitem é de extrema importância para essa mudança de hábitos. Quando você sabe o que polui mais e o que polui menos, então pode fazer escolhas mais assertivas no seu dia a dia.

Por isso, listamos oito atitudes simples de serem adotadas, especialmente por quem mora em grandes cidades, para estimular uma pegada mais ecológica.

Confira:

Em casa

1. Reduza o tempo no banho em um minuto durante um mês. Isso evita a emissãoo de 0,7 kg de CO2, quantidade emitida por um carro no percurso de 4,2 km.

2. Substitua quatro lâmpadas fluorescentes por LED. Isso evita a emissão de 0,56kg de CO2.

3. Use luz ambiente ao menos 5 horas por dia. Assim você deixa de emitir 0,28 kg de CO2.

Na rua 

4. Utilize o metrô duas vezes por semana para ir ao trabalho. Ao percorrer 20km por dia de metrô você compensa a mesma emissão da produção de arroz para abastecer uma família de quatro pessoas por seis anos!

5. Troque o carro pela caminhada cinco vezes na semana. Fazer um percurso de 1,5km a pé por dia ao longo da vida evita a emissão equivalente a produção de energia elétrica para uma residência por 41 anos.

Na vida 

6. Plante uma muda por mês e compense o consumo de 1,5kg de alimentos por dia, que pode gerar cerca de 150kg de CO2.

7. Plante duas árvores. Isso compensa uma viagem de avião de Salvador a São Paulo, ou seja, cerca de 255kg de CO2.

8. Apoie projetos sustentáveis. Isso ajuda a compensar o consumo de resíduos de uma residência de apenas um morador que chega a emitir por ano 0,13 toneladas de CO2.

(Fonte: /www.correio24horas.com.br/)

Gostou das dicas? 

Se você deseja implementar uma estratégia de compensação também na empresa em que trabalha, entre em contato com o Ekos Brasil e/ou baixe nosso e-book! 

 

 


Evento destaca o compromisso conjunto de grandes empresas por impactos socioambientais positivos

Evento destaca o compromisso conjunto de grandes empresas por impactos socioambientais positivos

Natura, Itaú, B3, Lojas Renner e Ekos Brasil promovem evento sobre atuação conjunta de grandes empresas e seus impactos nas mudanças climáticas. Saiba como foi. 

 

O auditório da B3 foi palco de um evento importante na manhã desta última quinta-feira, 13, em São Paulo. O “II Diálogo sobre nova economia: Compromisso com o Clima”, organizado pela Natura, Itaú, B3, Lojas Renner, em parceria com o Instituto Ekos Brasil, colocou em pauta a atuação das grandes empresas em relação às mudanças climáticas, em desafios nacionais e internacionais de desenvolvimento socioambiental.

A programação contou com expoentes de peso como Daniela Chiaretti, do Valor Econômico; Lauro Marins, do CDP; Marina Link, fotógrafa e ativista; Renata Piazzon do Instituto Arapyaú, além das lideranças em sustentabilidade das empresas organizadoras.

Além das importantes discussões em relevo como política internacional e aquecimento global, o evento teve como propósito chamar a atenção para que outros interessados, assim como as organizadoras, se engajem com o Programa Compromisso com o Clima, que une empresas à projetos socioambientais, aumentando o impacto das ações e diminuindo riscos.

“As empresas não querem mais comprar toneladas de CO2. Elas querem comprar tCO2 com conservação da biodiversidade, tCO2 com aumento de renda para a comunidade. E nós desenvolvemos uma metodologia – para o Programa Compromisso com o Clima – de avaliação socioambiental baseada na teoria da mudança e nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Uma metodologia que avalia o impacto pelo número de famílias beneficiadas, mulheres beneficiadas, aumento de renda, replicabilidade, etc. E avalia também os riscos, de carbono, ambiental, reputacional, entre outros”, destacou em sua fala Ana Cristina Moeri, diretora do Ekos Brasil, sobre os benefícios da Plataforma Ekos Social.

Ana Moeri, do Ekos Brasil

Os presentes também puderam conhecer projetos de sucesso como o case de REDD+ Manoa, da Biofílica e o case de Fogões Eficientes, do Instituto Perene. Esses projetos reduzem emissões de carbono ao mesmo tempo em que retornam benefícios sociais para as comunidades envolvidas e são viabilizados graças à participação no Programa Compromisso com o Clima.

“Tenho certeza de que hoje foi um marco para uma nova fase da Plataforma Compromisso com o Clima”, afirmou o gerente de sustentabilidade da Natura, Keyvan Macedo. “Foi um evento muito especial: conteúdo, rede, celebração”, completou Sonia Favaretto, Diretora de Sustentabilidade, Comunicação e Investimentos Sociais, da B3.

O Instituto Ekos Brasil agradece a parceria com Natura, Itaú, B3 e Lojas Renner e a presença de todos os participantes no evento.

 

Estamos à disposição para conversar e apresentar o Compromisso com o Clima para a sua empresa!