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Sabemos bem o que significam as migrações e imigrações forçadas por conflitos políticos ou religiosos e como essa questão afeta a vida de milhares de famílias no mundo todo que precisam se deslocar em busca de um local seguro e tolerante para sobreviver.
O que ainda pouco se fala, e que merece nossa atenção, são as migrações provocadas pelos efeitos das mudanças climáticas.
Isso mesmo. Em 2018, após a COP24, a ONU divulgou uma série de recomendações para que os países integrantes saibam lidar melhor com a questão, seja na prevenção quanto na remediação do problema.
E alertou que o número de migrantes climáticos já é quatro vezes maior do que o número de refugiados políticos e religiosos.
Muitas vezes chamados pela mídia de refugiados climáticos, os migrantes climáticos são aquelas pessoas forçadas a se deslocar de um território para outro em decorrência dos efeitos das mudanças climáticas. Aqui podemos citar: o aumento nas temperaturas, volume de enchentes, secas, furacões, terremotos, dentre outros.
Um estudo divulgado pelo Banco Mundial alertou que se o mundo não tomar precauções, cerca de 143 milhões de pessoas serão migrantes climáticos até 2050 em apenas 3 regiões do planeta, aquelas mais afetadas pelos efeitos do clima: África, América Latina e sul asiático.
Os números são alarmantes: cerca de 86 milhões de migrantes climáticos na África, outros 40 milhões no sul asiático e 17 milhões na América Latina.
Alguns impactos provocados pelas mudanças climáticas que já estão causando deslocamentos são:
Toda uma cadeia de produtividade e sobrevivência é afetada quando há uma variação do clima desregulada, provocada pelas mudanças climáticas. A lavoura não sobrevive, o alimento do produtor e da sua família fica escasso e a economia da região que emprega naquela atividade econômica, declina.
Os efeitos das mudanças climáticas comprometem a sobrevivência das nascentes de água, dos reservatórios de água doce e provoca o derretimento das geleiras. Sem água, nenhum ser vive e sobrevive.
Com a elevação das temperaturas, as geleiras derretem e o nível de água dos oceanos sobe. Ilhas e cidades costeiras inteiras podem desaparecer (e já estão desaparecendo), sem contar com o aumento da temperatura da água que compromete os corais e a vida marinha, desequilibrando todo o sistema.
O primeiro passo, claro, é reduzir as emissões de gases de efeito estufa. É aquele velho ditado ”cortar o problema pela raiz”. Isso envolve praticamente uma força-tarefa de países, empresas e pessoas físicas. Todos empenhados em não deixar que o nosso planeta esquente.
Outra ação é incluir as migrações climáticas nos planos de desenvolvimento dos países, a fim de considerar e poder planejar deslocamentos, acolhimentos e suprimento de necessidades básicas.
Outro ponto importante é atuar na adaptação às mudanças climáticas. Isto inclui adaptar modelos e práticas socioeconomicos aos efeitos esperados das mudanças climáticas em uma determinada região. São exemplos: melhoria em práticas agrícolas, investimentos em sistemas de captação e distribuição de água, investimentos em saúde e saneamento, planejamento energético, etc.
É importante lembrar que enquanto, por aqui, focamos nossa atenção nas causas das mudanças climáticas, pelo mundo, povos e comunidades inteiras já são gravemente afetadas por elas e forçadas a se locomover para sobreviver.
Já não é difícil identificar esses novos padrões de deslocamento e a competição por recursos naturais em diversas regiões, originando verdadeiros conflitos entre comunidades e exacerbando suas vulnerabilidades.
Tenha isso me mente. Envolva-se em políticas públicas pela redução das emissões de GEE e faça a sua parte dentro de casa e na sua comunidade. E se você é um tomador de decisões na sua empresa, não deixe de apoiar uma política de redução e compensação de emissões.
O Instituto Ekos Brasil desenvolver diversos projetos de mitigação de mudanças climáticas. Conheça!
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fazem parte agenda global para 2030 e visam nortear as ações de governos, empresas e sociedade como um todo para o desenvolvimento sustentável. São objetivos e metas bem claros capazes de pavimentar atividades e soluções, em via de regra, para um mundo melhor, com menos pobreza, mais dignidade e oportunidade para todos.
Mesmo se foram acordados por governos, os ODS dependem diretamente de uma atuação comprometida, especialmente por parte das empresas. Mas arregaçar as mangas corporativamente para enfrentar desafios mundiais pode trazer benefícios e oportunidades indiscutíveis para quem levar a sério os ODS em suas estratégias.
Vamos conhecer alguns deles:
As empresas que forem líderes na adoção dos ODSs em suas estratégias podem sair na frente como líderes de mercado ao demonstrar para uma sociedade contemporânea essencialmente focada em valores, que a empresa está comprometida em minimizar impactos ao meio ambiente e maximizar impactos positivos na vida em sociedade.
Os ODSs estão redirecionando os investimentos públicos e privados em nível global. Vide o investimento em energias renováveis. Isso abre novos mercados para empresas também comprometidas com os ODSs que podem maximizar lucros ao entregar soluções inovadoras e transformadoras para esses mercados em ascensão.
Adotar os ODS pode auxiliar as empresas em tomadas de decisão mais sustentáveis e, por vezes, mais econômicas e eficientes em seus processos de produção. Reduzir deslocamentos e reaproveitar resíduos, por exemplo.
Ao integrar os ODS à sua estratégia, as empresas têm grandes chances de ver o compromisso de seus funcionários, fornecedores e agentes públicos crescer, por estarem menos expostas à riscos de ilegalidade e reputação.
O que são os ODS
Do site do Pacto Global:
Em 2015, a ONU propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Esse é um esforço conjunto, de países, empresas, instituições e sociedade civil. Os ODS buscam assegurar os direitos humanos, acabar com a pobreza, lutar contra a desigualdade e a injustiça, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas, agir contra as mudanças climáticas, bem como enfrentar outros dos maiores desafios de nossos tempos. O setor privado tem um papel essencial nesse processo como grande detentor do poder econômico, propulsor de inovações e tecnologias influenciador e engajador dos mais diversos públicos – governos, fornecedores, colaboradores e consumidores.
Os princípios da Agenda 2030 e dos ODS são: Universalidade (são relevantes para todas as pessoas), Integração (equilibra as dimensões ambiental, social e econômica,lida com contradições e maximiza sinergias), e Não Deixar Ninguém pra Trás (os ODS beneficiam todas as pessoas em todos os lugares).
Muito se fala em mudanças climáticas, mas pouco se lembra o quão perto de nós ela está. Não se trata de um problema apenas lá a Antártica, de derretimento de geleiras ou apenas de como países e empresas devem se comprometer com ações mais sustentáveis.
A verdade é que todas as atividades humanas emitem gases de efeito estufa no meio ambiente e a mudança dos nossos hábitos cotidianos podem e devem fazer parte da estratégia de mudança para uma economia de baixo carbono.
Ter ciência da quantidade de emissões que suas ações emitem é de extrema importância para essa mudança de hábitos. Quando você sabe o que polui mais e o que polui menos, então pode fazer escolhas mais assertivas no seu dia a dia.
Por isso, listamos oito atitudes simples de serem adotadas, especialmente por quem mora em grandes cidades, para estimular uma pegada mais ecológica.
Confira:
1. Reduza o tempo no banho em um minuto durante um mês. Isso evita a emissãoo de 0,7 kg de CO2, quantidade emitida por um carro no percurso de 4,2 km.
2. Substitua quatro lâmpadas fluorescentes por LED. Isso evita a emissão de 0,56kg de CO2.
3. Use luz ambiente ao menos 5 horas por dia. Assim você deixa de emitir 0,28 kg de CO2.
4. Utilize o metrô duas vezes por semana para ir ao trabalho. Ao percorrer 20km por dia de metrô você compensa a mesma emissão da produção de arroz para abastecer uma família de quatro pessoas por seis anos!
5. Troque o carro pela caminhada cinco vezes na semana. Fazer um percurso de 1,5km a pé por dia ao longo da vida evita a emissão equivalente a produção de energia elétrica para uma residência por 41 anos.
6. Plante uma muda por mês e compense o consumo de 1,5kg de alimentos por dia, que pode gerar cerca de 150kg de CO2.
7. Plante duas árvores. Isso compensa uma viagem de avião de Salvador a São Paulo, ou seja, cerca de 255kg de CO2.
8. Apoie projetos sustentáveis. Isso ajuda a compensar o consumo de resíduos de uma residência de apenas um morador que chega a emitir por ano 0,13 toneladas de CO2.
(Fonte: /www.correio24horas.com.br/)
Gostou das dicas?
Se você deseja implementar uma estratégia de compensação também na empresa em que trabalha, entre em contato com o Ekos Brasil e/ou baixe nosso e-book!
Já imaginou ter um cartão de crédito que controla suas emissões de gases de efeito estufa?
Uma parceria entre a fintech Doconomy, a Mastercard e o departamento das Nações Unidas (ONU) responsável pelas mudanças climáticas acaba de levar ao mercado suíço essa possibilidade.
Com o auxílio de um aplicativo que utiliza o sistema Índice Aland – que calcula as emissões médias de cada categoria do varejo e a redução que cada cidadão precisa fazer para que o país atinja as metas de cortar emissões até 2030, o cartão rastreia a quantidade de carbono emitida nas transações e alerta o consumidor sobre o seu limite.
O cartão tem uma taxa de utilização, mas o aplicativo é gratuito. O cartão ainda conta com uma espécie de programa de fidelidade, que gera “créditos DO” para os consumidores de hábitos mais conscientes. Esses créditos podem ser trocados por produtos em lojas parceiras ou revertidos em fundos para projetos de compensação de carbono certificados pela ONU.
A preocupação com o meio ambiente, nesse caso, vem desde a concepção do cartão. O material é reciclável e a tinta é a Air Ink, produzida a partir de partículas de poluição do ar.
Fonte: Epóca Negócios
Conferência Ethos 20 anos dialoga sobre benefícios ambientais e para as empresas que estão atentas a essa necessidade
Um total de 195 países signatários do Acordo de Paris, se comprometeram durante a Conferência do Clima de Paris (COP-21), com a migração mundial para uma indústria de baixo carbono.
Nossa coordenadora de projetos de carbono e conservação, Ana Moeri, estará presente na Conferência Ethos, hoje, para participar do painel “OAmadurecimento da Precificação de Carbono no Brasil”, viabilizado pela Shell, que irá contar também com a presença de Guarany Osório, coordenador do Programa Política e Economia Ambiental do FGVces.
Juntos, irão dialogar sobre a agenda de precificação de carbono no Brasil, trazendo à tona iniciativas desenvolvidas por diferentes setores e sobre como estudos, simulações, diálogos e a promoção de estratégias ajudam empresas a se anteciparem a cenários regulatórios e impulsionar negócios resilientes às mudanças climáticas e à uma economia mais limpa.
Aproximadamente 40 regiões no mundo já precificaram o carbono e têm um mercado operante, como a costa oeste dos Estados Unidos até Quebec, Canadá, 14 lugares na China e também Austrália e Nova Zelândia.
Na prática, esses países estimulam o mercado, através de benefícios para quem consome produtos com baixo carbono ou via taxação para indústrias que não cumprem determinadas metas.
Como não há um marco regulatório, cada país tem implementado sistemas de forma a ajustar e/ou criar regras para alcançar a meta. As empresas atentas a essa agenda têm muito a se beneficiar.
Segundo, Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e membro do International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA), em entrevista à revista Época Negócios, “o mundo precisará cada vez mais de madeira e de crédito de carbono”, acredita e ainda completa: “Nós somos o país com o maior potencial para entregar tudo isso”. A madeira é uma das alternativas para a substituição de combustível de origem fóssil por energia limpa.
O que Carvalhaes defende é que parte da produção já pode ser realizada com combustíveis menos poluentes. “Quando a indústria faz essa migração – de trocar diesel por lignina, por exemplo -, o impacto no meio ambiente diminui. Esse ganho, esse saldo pode ser precificado e negociado. Pense no pequeno produtor rural. Se ele faz bom uso do solo, dos recursos hídricos, ele capturou carbono. Esse cara precisa ser compensado”, disse a executiva.
Um ponto de vista que poderá ser dialogado na Conferência Ethos em São Paulo, no dia 25 de setembro, às 15 horas.
Entre os meses de junho e julho, parte do time do Instituto Ekos Brasil percorreu as 5 regiões do Brasil e passou por 10 estados diferentes para conhecer de perto 21 projetos finalistas na 4ª etapa do Programa Ecomudança 2018.
O programa é uma iniciativa do Itaú em parceria com o Instituto Ekos Brasil, com o objetivo de transformar os investimentos dos clientes do Itaú Unibanco em benefícios para a sociedade. O valor do apoio financeiro vem dos fundos de renda fixa Ecomudança Itaú, que destina 30% das taxas de administração ao Programa.
“As visitas nos permitem mergulhar na realidade da organização e da comunidade e entender melhor a dinâmica e os potenciais impactos do projeto. É muito interessante conhecer realidades diferentes e ver como essas oportunidades mudam a vida dessas pessoas, reforçando a importância do apoio à essas iniciativas”, comentou Jéssica Fernandes, analista ambiental do Instituto Ekos Brasil que participou das visitas.
Neste processo, o Ekos Brasil tem a responsabilidade de realizar uma avaliação independente dos projetos, garantindo ao investidor, o Itaú, a consistência e a credibilidade de cada um deles, ao mesmo tempo em que diminui a demanda interna da equipe de sustentabilidade do banco.
Dentre os projetos visitados pela equipe chamou a atenção aqueles que envolvem a implantação de Sistemas Agroflorestais, já que são capazes de gerar diversos benefícios socioambientais e aumentam o estoque de carbono em áreas muitas vezes subaproveitadas ou com solos degradados.
“Nesses projetos, temos um belo exemplo de como a conservação ambiental, o combate às mudanças climáticas e o desenvolvimento socioeconômico se reforçam”, disse Thiago Othero, consultor técnico no Ekos Brasil.
E realmente não são somente as conquistas ambientais que fazem a diferença.
A equipe esteve diante de comunidades inteiras organizadas, comprometidas em beneficiar seus membros em condições vulneráveis. Em alguns projetos, por exemplo, cooperativas e associações dão um destino útil ao que muitos consideram lixo, gerando renda para a comunidade e reduzindo ou eliminando problemas que decorrem do descarte inadequado de resíduos.
“Notei também que existe um potencial muito grande de multiplicar essas iniciativas e que o investimento social das empresas pode ser o catalisador para essa mudança”, finalizou Othero.
Saiba mais sobre as etapas do Ecomudança
Neste ano, recebemos mais de 1.100 projetos de todos os estados do Brasil. Cerca de 750 projetos foram classificados para a 2ª etapa e passaram por um rigoroso processo de avaliação.
Na 2ª etapa, analisamos diversos indicadores, dentre eles:
A partir desta análise, foi gerado um ranking e, os melhores projetos foram para a 3a etapa, que consiste numa entrevista com os responsáveis técnicos de cada projeto.
Para a 4ª etapa, um novo ranking é gerado . Nesta fase, 21 projetos foram considerados finalistas, e portanto, receberam um integrante da equipe do Instituto Ekos Brasil para a apresentação da iniciativa.
Após esta fase, o Conselho do Programa se reúne e, com base em parâmetros de avaliação de impacto, seleciona os projetos vencedores da edição.
Em uma parceria inédita, Natura e Itaú Unibanco se uniram no ano passado para compensar 550 mil toneladas de gás carbônico para neutralizar as emissões dos últimos períodos. Com sete projetos selecionados em um edital realizado em 2017, com apoio do Instituto Ekos Brasil, as duas companhias agora convidam outras empresas interessadas em compensar suas emissões a participar do Programa Compromisso com o Clima, que terá uma plataforma inaugurada no dia 15 de agosto.
O objetivo é estimular novos parceiros e fornecedores a neutralizar suas emissões, por meio de projetos nas áreas de energia, agricultura, floresta e tratamento de resíduos, entre outros. O Programa busca ainda otimizar recursos, ao compartilhar conhecimentos e boas práticas na seleção de projetos socioambientais, conectando-os aos investidores, ao mesmo tempo em que contribui para viabilizar iniciativas de mitigação dos efeitos climáticos.
“Há mais de 10 anos, a Natura é uma empresa Carbono Neutro, mas sabemos que o combate às mudanças climáticas depende de ações conjuntas. Por isso, nos unimos ao Itaú para buscar soluções criativas para ampliar o número de empresas que compensam suas emissões, grande objetivo dessa plataforma. Acreditamos que podemos trocar aprendizados e incentivar mais empresas a participarem, ampliando o potencial de geração de impacto positivo dessa iniciativa”, explica Keyvan Macedo, gerente de sustentabilidade da Natura.
“A parceria com Natura e os resultados obtidos até o momento, neste primeiro edital, vão ao encontro do propósito do banco, que é estimular o poder de transformação das pessoas, através de ações que gerem impacto positivo em toda a sociedade. Quanto maior for o envolvimento de todos, maior será o alcance e melhores os resultados”, afirma Denise Hills, superintendente de sustentabilidade e negócios inclusivos do Itaú Unibanco.
Na Plataforma Ekos Social – Compromisso com o Clima, as empresas interessadas em participar do Compromisso com o Clima poderão conhecer os projetos e apoiá-los por meio da compra de créditos de carbono, além de encontrar mais detalhes sobre os benefícios socioambientais dessas iniciativas.
A partir de hoje, 1º de agosto, a humanidade já terá consumido todos os recursos naturais que o planeta é capaz de renovar em um ano, de acordo com a ONG Global Footprint. É o chamado Dia da Sobrecarga da Terra.
Isso significa que estamos extrapolando nosso orçamento de recursos naturais cinco meses antes do previsto. É como se, na verdade, precisássemos quase de dois planetas (1,7) para suprir nossas necessidades e confortos e não apenas um.
Desde que o planeta Terra entrou em sobrecarga pela primeira vez no inicio da década de 1970, o Dia da Sobrecarga da Terra tem acontecido cada vez mais cedo: em 1997 ocorreu no final de setembro enquanto que, em 2018, será em 1º de agosto.
Saiba como gerar impacto socioambiental e obter um retorno financeiro para sua empresa
“As economias atuais estão a provocando um esquema de pirâmide financeira com o nosso planeta”, afirma Mathis Wackernagel, CEO e cofundador da Global Footprint Network.
“Estamos usando os recursos futuros da Terra para operar nossas economias no presente. Como qualquer esquema de pirâmide, isso funciona por algum tempo. Mas à medida em que as nações, empresas ou famílias se aprofundam cada vez mais em dívidas, acabarão por entrar em colapso”.
Em todo o mundo, os danos causados pela sobrecarga são cada vez mais evidentes: deflorestação, escassez de água doce, erosão do solo, perda de biodiversidade ou acumulação de dióxido de carbono na atmosfera. Todos com sua parcela de contribuição nas mudanças climáticas.
Se o Dia da Sobrecarga da Terra acontecesse 5 dias mais tarde todos os anos até 2050, seria possível retornar ao nível em que usávamos os recursos de um só planeta.
Como podemos alcançar esse resultado?
1. Investir em cidades inteligentes
O planejamento de cidades inteligentes e estratégias de desenvolvimento urbano são instrumentos para garantir que exista um capital natural suficiente e evitar uma demanda excessiva dos cidadãos. Alguns exemplos incluem edifícios com eficiência energética, zoneamento urbano, cidades compactas, opções eficientes de energia e transporte para a população.
2. Apostar em energias limpas
A redução de 50% de emissões de carbono da humanidade pode nos levar a uma taxa de 1,2, ao invés de quase dois planetas necessários para nossas demandas atualmente. Isso corresponde a um dia da Sobrecarga 93 dias mais tarde, ou cerca de três meses mais pra frente.
Conheça a Plataforma Ekos Social e introduza a Responsabilidade Socioambiental em sua empresa!
3. Evoluir nossa alimentação
O Governo da China já está comprometido em reduzir o consumo de carne em 50% até 2030. Isso reduziria a pegada ecológica em mais de 126 milhões de hectares globais e causaria um retrocesso de 1,5 dias na data da sobrecarga.
Cerca de um terço da comida produzida no planeta para consumo humano – 1.3 bilhões de toneladas – são perdidas ou desperdiçadas. Isso equivale a 9% da pegada ecológica da humanidade.
4. Impulsionar o empoderamento feminino para controlar o aumento da população
O empoderamento feminino também é essencial para a sustentabilidade. Quando as mulheres são respeitadas com igualdade em casa, no trabalho e na comunidade, suas famílias alcançam melhores salários e condições de saúde e educação, além de menores taxas de reprodução.
Com objetivos claros de liderar a transição para uma nova economia no Brasil, a Aoka e o Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançaram a iniciativa Climate Ventures que pretende unir diversas lideranças de clima, tecnologia e negócios para impulsionar mudanças possíveis no país.
Nos dias 19 e 20 de junho, nossa coordenadora de projetos do Instituto Ekos Brasil, Ana Cristina Moeri, esteve presente no Lab de Inovação da Climate Ventures.
Cerca de 50 representantes de diversos setores discutiram os desafios, as oportunidades e as soluções para auxiliar o Brasil nessa transição para uma economia de baixo carbono.
A Climate Ventures contará também com outras iniciativas, além do laboratório de inovação: célula de conhecimento, comunicação e relacionamento, e também uma aceleradora de negócios e iniciativas de alto impacto em diferentes estágios de maturidade.
Todas elas focadas em desenvolver uma economia mais sustentável que transforme os principais mercados emissores de carbono como energia, agropecuária e florestas em mercados sustentáveis; dar visibilidade aos bons projetos; e unir atores estratégicos interessados em uma mudança efetiva.
O Instituto Ekos Brasil aceitou fazer parte do Climate Ventures e pretende contribuir com sua larga experiência na promoção da economia de baixo carbono. Atuamos desde 2007 com o Programa Itaú Ecomudança e mais recentemente, em 2017, lançamos uma plataforma inovadora, a Ekos Social, que unirá empresas e desenvolvedores de projetos a fim de reduzir emissões de gases de efeito estufa.
Estamos juntos!
Após a greve dos caminhoneiros que paralisou o país, o governo colocou como uma das pautas prioritárias a implementação do programa RenovaBio, uma das iniciativas brasileiras para cumprir nossa meta no Acordo de Paris de redução em 43% das emissões de Gases do Efeito Estufa e aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para 18% até 2030.
Ao contrário de outras políticas internacionais, o RenovaBio não propõe um imposto sobre o carbono, já que o Brasil depende muito do óleo diesel por ter um transporte essencialmente rodoviário e um aumento tributário acabaria sendo pago pelo consumidor final.
O RenovaBio pretende aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz de combustíveis dos atuais 20% para 28,6% até 2028. Isso significa uma redução na emissão de carbono, já que os biocombustíveis são mais sustentáveis.
A ideia é propor uma antecipação do aumento gradual da participação do biodiesel no diesel fóssil, permitindo num espaço menor de tempo obter uma redução no preço final do combustível e reduzir as emissões do setor de transporte.
Ainda há muito o que ser discutido. Uma mudança real nessa cadeia de produção visando o meio ambiente pode também provocar uma procura por matérias-primas com menor pegada de carbono, mas também mais caras.
E aí, entrará em questão também a consciência dos cidadãos de pagar um pouco mais caro por um produto sustentável.