Sustainability Yearbook 2020: um resumo sobre o progresso da América Latina em sustentabilidade corporativa
O SAM Sustainability Yearbook é uma publicação anual que elenca em um ranking empresas ao redor do mundo avaliadas nos quesitos ambiental, social e de governança, ou seja, em sustentabilidade corporativa. A base do Yearbook é a avaliação Corporate Sustainability Assessment (CSA) que fundamenta a elaboração dos Índices de Sustentabilidade Dow Jones, portanto, de alta credibilidade.
O site da publicação é bem completo, com todos os rankings e análises comparativas ano a ano do progresso da sustentabilidade corporativa. Nele, encontramos um relatório específico sobre os resultados que compreendem as empresas latino-americanas.
Abaixo, você confere os destaques desse relatório.
As empresas latino-americanas que figuram no Corporate Sustainability Assessment até apresentaram uma melhoria gradual em sustentabilidade corporativa, mas, de acordo com a publicação, ainda muito modesta em relação às fraquezas socioambientais da região.
Foram avaliadas 124 empresas dos cinco países a seguir: Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. Esse número representa uma adesão de 46% das empresas convidadas a serem avaliadas pelo processo (os convites são entregues às maiores empresas do mundo).
???? Na média, LATAM está um pouco à frente da América do Norte
Um dos destaques é o fato de que embora nos quesitos e questões individuais da CSA a gestão da sustentabilidade nas empresas seja lenta, quando olhamos para toda a região a pontuação média no Total de Sustentabilidade fica um pouco à frente da América do Norte.
???? Estabilidade no DJSI
A quantidade de empresas LATAM que figuram na lista do Índice Dow Jones de Sustentabilidade permaneceu estável de 2018 para 2019 com 14 membros, de um total de 318 de 27 países.
???? Colômbia é destaque em sustentabilidade na América Latina
Mais uma vez, as empresas colombianas superaram as demais na América Latina em gestão da sustentabilidade. Já as empresas do México e do Peru apresentaram resultados muito ruins nas três dimensões da avaliação: econômica, social e ambiental.
???? Destaques das Dimensões Econômica, Ambiental e Social da Gestão da Sustentabilidade em LATAM
Na dimensão econômica, a América Latina supera a média global de políticas anticrime, códigos de conduta nos negócios e materialidade. Nos critérios restantes, o desempenho da sustentabilidade é fraco. O mais preocupante deles é a Governança Corporativa, no qual as empresas da América Latina aparecem muito abaixo das empresas da América do Norte, da Europa e até alguns pontos abaixo de seus pares na Ásia.
Na dimensão ambiental, as empresas latino-americanas performaram abaixo da média global em seis dos sete critérios intersetoriais nessa dimensão. A Estratégia Climática é o critério em que a América Latina tem sua pior comparação com a média global. Além disso, os resultados abaixo da média global em outras 10 questões intersetoriais demonstram a necessidade das empresas LATAM investirem mais em sustentabilidade e liderança ambiental.
Na dimensão social as empresas latino americanas alcançaram as melhores pontuações e acompanham as empresas do mundo todo em muitos critérios. No Indicador de Práticas Trabalhistas, as empresas LATAM pontuaram acima da América do Norte e da Ásia pelo segundo ano, demonstrando a continuidade em quesitos de responsabilidade social. Para cada uma das questões dentro do critério Trabalhista – diversidade da força de trabalho, remuneração igual, liberdade de associação -, as empresas LATAM ultrapassam as médias globais.
Os resultados da CSA indicam que as empresas da América Latina continuam atrás do resto do mundo em gestão da sustentabilidade, ainda que em menor grau que em 2018.
Como destacamos, há um progresso modesto no desempenho em questões sociais no entanto, as empresas ainda precisam abordar com mais afinco as questões econômicas e ambientais que atualmente puxam a pontuação média da região para baixo.
Confira a lista das empresas brasileiras que figuram no Sustainability Yearbook 2020