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Há mais de 5 anos acompanhamos de perto o desenvolvimento e a gestão do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, localizado no norte de Minas Gerais, e que tem boa parte de sua extensão no bioma Cerrado e parte na Caatinga e Mata Seca. O Vale do Peruaçu é berço de povos tradicionais e cultura local.
Nesse período de estreita relação com o parque constatamos algo muito verdadeiro, mas que pouca gente reconhece: a conservação de um Parque Nacional não é importante apenas para o Meio Ambiente ou para a mitigação das mudanças climáticas. Uma área como a do Parna Cavernas do Peruaçu é imprescindível para a manutenção de tradições locais, para a geração de renda para as comunidades do entorno e, consequentemente, para a defesa do bioma no qual se encontra.
Presenciamos nesses últimos anos como o incentivo ao turismo sustentável transformou a vida de famílias inteiras – pouco a pouco se recuperando da pandemia – trabalham como condutores, com produção de artesanato, ou abriram receptivos e pousadas. Esse impacto positivo aproximou a comunidade do parque, que por sua vez, ganhou um “batalhão” de gente empenhada na conservação do Cerrado.
Um exemplo muito significativo para nós são as Oleiras do Candeal, um grupo tradicional da região que produz potes, pratos, vasos de planta, moringas, jogos de bule e outras peças com cerâmica. Ao todo, 11 mulheres participam do projeto que se perpetua com o trabalho da terceira geração de oleiras. A proximidade com o Parna Peruaçu permite que os condutores de turismo levem os visitantes até o espaço.
“Para nós é muito importante essa conexão com o Peruaçu. Isso abriu muitas portas para comercializar e divulgar nossos produtos por meio dos visitantes. Os turistas vêm conhecer e acabam valorizando e divulgando nosso trabalho”, destacou Dona Nilda, participante do projeto.
Conheça o Cerrado, pratique o turismo sustentável visitando nossos Parques Nacionais e incentive os projetos das nossas comunidades tradicionais.